Arrastei minha mãe, minha irmã e meu namorado e fui ao Palácio das Artes domingo passado para assitir a peça Apareceu a Margarida. Essa peça é da década de 70, foi escrita por Roberto Athayde e já foi encenada também pela atriz Marília Pêra.
A história é sobre um dia na sala de aula com a professora Margarida. Nós, o público, éramos seus alunos e como dona Margarida dizia, passivos. A peça mostra as relações de poder e manipulação que está presente na sala de aula, relações impostas pela sociedade com seu discurso de poder, que acabam também, deixando a professora louca e perdida no meio disso tudo.
O cenário era composto por um quadro negro, a mesa do professor e um lixo, no qual estava jogada a bandeira do Brasil. Por todo espaço havia muuita poeria de giz, exatamente como é nas salas de aula que ainda não utilizam o quadro branco.
Aquela bandeira no lixo me chamou a atenção logo de início. Aquilo representaria que nossa pátria está no lixo ou que nosso país está um lixo? Siim...
Apareceu a Margarida é uma comédia e eu ri muuuito, mas é claro que nos leva a uma reflexão não só da nossa postura como educadores, mas como a sociedade tem reprimido estes educadores e também como os cidadãos de um modo geral têm sido pressionados por ela, a ponto de surtar.
Apesar de ter sido escrita na ditadura militar, a peça se mostra bem atual e vale a pena ver quando estiver em cartaz novamente!
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