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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tô inspirada


Eu e o namorado estávamos vendo “Crônicas de Nárnia”. Domingão chovendo dá nisso. Eu sabia que aquela posição deitados abraçadinhos no colchão-sofá não iria dar certo, só serviria mesmo de estimulante para soneca depois do almoço. Dito e feito. Duas horas depois eu estava abrindo os olhos e sussurrando:

_Você viu o filme?

_Vi.

_Ah

Silêncio.

Virei de barriga para cima e olhei para o teto.

O namorado fechou os olhos e foi a vez dele.

Para não ficar ali vendo Faustão, desci. Cheguei em frente a porta do quarto do computador e perguntei pra minha irmã:


_O que você está vendo?

_A origem

Cara de espanto.

_Não agüentei, estava louca pra ver e baixei na net.

_Vou ver com você.


Ela tinha visto 14 minutos de filme apenas, então voltou tudo e começamos a ver. Faltando 20 preciosos minutos para acabar, saí para tomar um golinho de fim de noite e ela ficou vendo. Eu fiquei no buteco só pensando no filme. Também não fiquei lá muito tempo, só aproveitamos mesmo as promoções de domingo que o Ouro Beer está fazendo. Voltei pra casa e fui direto pro computador.


Antes de dormir, eu e minha irmã fizemos nossa sessão de comentários com análises baseadas em nada-com-coisa-alguma e muitas afirmações loucas. Sempre após cada frase a gente falava “tenho que ver esse filme de novo!”.

Ontem, terça-feira, ainda chovendo pra c..., pegamos o filme para ver de novo. O filme que tem duração de 2h e 20 minutos, durou 4 horas porque nós parávamos e comentávamos tudo. Como conseqüência, mais cheias de incertezas ficávamos.



Após vê-lo duas vezes, chego a seguinte conclusão: Não sei se entendi tudo ou entendi nada. Com certeza ficaram coisas pendentes para mim, como a questão do totem, mas não terminei de ver o filme pensando que era tudo um sonho. Acredito que o Miles (Leo di Caprio) conseguiu cumprir o que se propôs a fazer, coisa que ele havia falhado no começo do filme. Rolaram diversos comentários de que ele ainda estaria sonhando, que os filhos deles estavam com a mesma roupa e tal. Os filhos do Miles estão com roupas diferentes sim no final do filme e, como é dito nos créditos, são duas atrizes diferentes que interpretam sua filha, o que pode querer mostrar que os filhos mudaram, ficaram mais velhos talvez, ou seja, que passou-se um tempo desde a última vez que ele os viu. Portanto, pode ser que tudo seja real sim.

É claro que ao longo do filme foram aparecendo algumas frases ditas por alguns personagens que poderiam nos fazer pensar que o Miles estava sonhando o tempo todo, mas eu não interpretei desta forma. Bom, posso estar sendo um pouco rasa nas minhas leituras, não sei.

O filme é bem original, instigante, te faz pensar e tal. Essa questão de vivermos num mundo real ou imaginário é uma idéia que ronda a cabeça das pessoas. A questão dos sonhos também. Sempre estamos tentando explicar nossos sonhos, descobrir coisas do nosso subconsciente. Tudo que é incerto, misterioso nos deixa com uma pulga atrás da orelha. E um filme que trata disso traz toda essa discussão sobre realidade/ilusão a tona.

Com certeza o diretor, se estiver lendo algum comentário sobre o filme, está dando boas risadas e adorando toda essa repercussão e sucesso que o filme está fazendo. Com certeza é um ótimo filme. É bom ter a cabeça cheia de dúvidas algumas vezes.


Eu ainda não li muuuitas críticas, mas li uma do blog da Lola, que é muito boa em seus comentários. Porém, desse filme especificamente, fiquei meio contra muita coisa que ela falou, não enxerguei o filme como ela não, nem entendi como ela algumas partes que ela cita. Mas se vale um outro ponto de vista, o dela ta aí para ser lido.


Acho que o que tem para ser dito sobre este filme é: VEJA e tire suas prórpias conclusões.

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